Meu Setup Arch Linux: Introdução
Tabela de Conteúdo
Olá pessoal, nesse post vou trazer as informações do meu mais novo setup Arch Linux!
Uma breve introdução
Minha jornada com Linux começou em 2018, enquanto ainda estava fazendo meu curso técnico em informática integrado ao ensino médio. Naquela época, graças a curiosidade despertada pelo próprio curso e por comentários e vídeos na internet, tive a ideia de testar o Linux.
Até então, nunca tinha tido um contato sério com nenhuma distro Linux , muito menos tentado fazer daily-drive na minha máquina principal. No entanto, isso não foi suficiente pra desanimar o “programador” HTML/CSS/Javascript com aproximadamente duas semanas de estudo, então deixei baixando a ISO do Ubuntu 18 enquanto estava na aula, cheguei no meu alojamento e fiz um pen drive bootável e instalei o sistema.
Bom, a soberba era grande e o tombo foi maior ainda, nada funcionava muito bem(devido em grande parte a minha ignorância), tive problemas para conectar no wi-fi, minha bateria morria em 1 hora, mas aprendi bastante coisa também. Eventualmente tive que voltar ao Windows por conta da praticidade, e me reservar aos estudos de Linux quando houvesse mais tempo.
Enfim, outra hora conto mais sobre o resto da jornada, pois já estou me extendendo de mais pro assunto que realmente interessa 😅.
Planejamento
Volta e meia quando vou fazer uma nova instalação de SO no meu PC, tento imaginar como eu quero que o sistema se comporte. Se simplesmente quero algo pronto pra usar, instalo o Fedora, que é uma distro com um bom equilibrio entre estabilidade e atualização dos pacotes. Também opto pelo Gnome como Desktop Environment, poís pra mim é o mais bonito, estável e conciso que outras opções como KDE ou Xfce, etc.
Mas as vezes tenho vontade de configurar tudo o que consigo(e o que não consigo). Também já tive algumas experiências com Tilling Window Managers e esse nicho de customização e ricing, como os que a comunidade do r/unixporn fazem. Além disso, gosto bastante da estética mais “bare metal” que esses ambientes passam.
Dessa vez decidi pela segunda opção.
Why Arch?
A resposta do porquê eu optar pelo Arch pode parecer meio confusa, mas vamos lá: o Arch é basicamente um quadro em branco opinado.
Bom, falei que era confuso 😅, mas basicamente se resume ao fato de que o Arch não é um total quadro em branco, como muitos o fazem parecer(acho que um quadro em branco mesmo seria algo como um Linux From Scratch ou um Gentoo, mas não testei nenhum desses).
Sim, o Arch não traz uma interface gráfica, mas traz a base do sistema, como um ótimo gerenciador de pacotes,o controvérso systemd, o bash e diversos outros. Além disso hoje em dia você pode usar um script padrão como o archinstall que facilita muito a instalação do sistema. Então é isso, o Arch não entrega o bolo pronto, mas já deixa a cozinha preparada.
Complementado sobre o seu gerenciador de pacotes, o pacman, e seu modelo de atualização rolling-release, é importante destacar como é prático atualizar e instalar pacotes no Arch, poís as atualizações sempre são rápidas e praticamente não existe software que não esteja no AUR, nem que seja um pacote gerenciado pela comunidade de forma não oficial.
No mais, o Arch possui suporte a secure boot, que é uma feature que preciso, pois manti um dual-boot com Windows 11 para meus jogos.
Pacotes e Softwares
Confesso que já não lembro de tudo que instalei, pois foi conforme a necessidade foi surgindo. Também fiz muitos testes pra ver o que funcionava com o que, principalmente se tratando de interface.
De qualquer forma, aqui vai uma lista do que lembro(talvez atualize depois):
- Niri: Window Manager;
- sddm: Um login manager básico pra se autenticar e acessar a interface.
- fastfetch: exibir informações do sistema no terminal;
- Noctalia Shell: Basicamente um shell para a interface que é compativel tanto com Niri quanto Hyprland;
- Z shell e Oh-My-Zsh: Unix-shell para substituir o bash;
- Neovim com LazyVim: Editor de texto executado no terminal;
- Kitty: Como terminal do sistema;
- Chromium: Navegador base do Google Chrome só que sem a parte diabólica dos serviços do Google;
- Nautilus: Navegador de arquivos do sistema, padrão do Gnome;
- Visual Studio Code: Editor de Texto;
- Spotify: Ouvir uma musiquinha pois ninguém é de ferro;
- 1Password: Gerenciador de senhas;
- TimeShift: Uso pra criar snapshots do sistema para recuperação caso haja algum problema.
- yay: gerenciador do AUR, que também serve como um substituto pro pacman na linha de comando.
- cava: Visualizador de Áudio no terminal.
- pipes-sh: perfumaria 🤣.
- eza: Substituto para o comando
ls, para listagem de arquivos de forma mais amigável. - gtop: Monitor do sistema baseado no terminal.
Após bastante ajustes de configuração, cheguei em um ponto que me agrada e até agora estou satisfeito, principalmente com o Niri, que é um WM que me surpreendeu e inclusive me agradou mais que o próprio Hyprland.
Bom por enquanto é isso, nos próximos dias estarei trazendo mais informações mais completas sobre coisas interessantes de cada pacote, principalmente do Niri, que acho que é até pouco divulgado.